Anvisa suspende o uso da tinta de tatuagem Supreme

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Foto: reprodução

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, venda, distribuição, e a apreensão e inutilização da tinta de tatuagem da marca Supreme, fabricada pela empresa Tseva Indústria e Comércio de Tintas Artísticas Ltda. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (10) e rapidamente se espalhou pela imprensa nacional.

O produto que não tem registro na Anvisa passa a ser considerado clandestino. A imprensa genérica reforça os fantasmas que assombram a segurança do corpo, mas poucos falam das restrições que rondam a profissão do tatuador.  Falamos em restrição pois atualmente no Brasil existem apenas três marcas de tinta de tatuagem autorizadas pela Anvisa, que são a Starbrite Colors, da Amazon Indústria, Comércio, Exportação e Importação de Produtos Especializados; a Electric Ink, da Electric Ink Indústria Comércio, Importação e Exportação Ltda, e a Master”s Ink, da Brasil Art & Cores Indústria, Comércio, Importação e Exportação. Em conversa com vários tatuadores soubemos que essas três tintas não são suficientes para a realidade da profissão e grande parte desses profissionais que conversamos comparam a qualidade e resultado final que essas três marcas proporcionam com as tintas importadas.

“A tinta proibida não passou por análise da Anvisa, logo não há nenhuma garantia sobre a ausência de produtos tóxicos ou carcinogênicos entre os componentes dos pigmentos da marca Supreme“, cita nota da Anvisa sobre a medida.

Ao que parece a medida atual de regulamentação de tintas e equipamentos está longe da realidade dos tatuadores. Ela nos mostra também que as decisões estão sendo tomadas – de cima para baixo – sem um diálogo honesto para buscar aproximar a necessidade da realidade diária. As instituições vão apenas criando regras, leis, proibições e jogando novamente a prática da tatuagem na clandestinidade. Enxergamos isso como um retrocesso que não acompanha todo o avanço técnico dos profissionais da tatuagem nas últimas décadas.

 

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