“Biohackers” chega na Netflix

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Foto: reprodução/Netflix

No dia 20 de Agosto de 2020 estreou no catálogo da Netflix a série alemã intitulada Biohackers, dirigida por Christian Ditter. Estava prevista para Abril, no entanto, por conta da discussão movida na ficção e a pandemia do COVID-19, escolheu-se esperar para acontecer o lançamento. O diretor disse que o adiamento era para evitar teorias conspiratórias (sobre o COVID-19) e para esperar um momento em que as pessoas pudessem separar ficção da realidade. O que é muito difícil de se realizar em um país – como o nosso – que acreditou em “ideologia de gênero”, “kit gay” e na grávida de Taubaté.

Biochakers traz a discussão sobre o biohacking em algumas de suas diferentes áreas, chegando no bodyhacking, pontualmente a parte que nos interessa e nos trouxe para escrita aqui. Todavia, há um tom caricatural na elaboração das personagens e o roteiro está mais centrado em torno de uma vingança da protagonista do que nas discussões que envolveriam o título.

A abordagem feita no campo do bodyhacking acontece com o personagem Ole, interpretado por Sebastian Jakob Doppelbauer. Ao longo dos episódios ele vai experimentando diferentes técnicas de modificações corporais com a intenção da otimização do seu corpo. As intervenções feitas pelo bodyhacker envolvem o uso de implantes (NFC – Near Field Communication, chip de medicamentos e magnéticos na ponta dos dedos) e uso de drogas que aumentariam suas capacidades físicas.

É sabido que muito do que tem sido produzido no campo do bodyhacking entra na lógica do DIY (do it yourself – faça você mesma), no entanto, na série isso é apresentado de forma grosseira, sem cuidado algum com a biossegurança ou com o pós-procedimento.

Fora da ficção é importante pontuar que há uma aproximação de bodyhackers com profissionais das modificações corporais a fim de que seus experimentos sejam realizados com muita segurança e tenham maior chance de alcançar o sucesso esperado. Um dos nomes mais importantes das modificações corporais e que tem atuado com bodyhackers é Steve Haworth, além dele, o próprio francês Lukas Zpira é um body hacktivist e autor do Body Hacking Manifesto.

Enfim, exceto a parte de que essas discussões são cada vez mais presentes e parte da nossa realidade, o que é apresentado na série é tudo ficção e entretenimento. Há indícios que uma segunda temporada virá. Veremos.

Abaixo o trailer da série.

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