Festival Contemporâneo de Dança 2013 traz, pela primeira vez ao país, Ivo Dimchev da Bulgária, radicado na Bélgica e a dupla Sofia Dias e Vítor Roriz, de Portugal

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Foto: divulgação

A 6ª edição do FCD (31 de outubro a 24 de novembro) reforça seu engajamento na difusão de distintos pensamentos coreográficos

Em 2013, o Festival Contemporâneo de Dança reúne em São Paulo artistas de vários países comprometidos com a reflexão poética e crítica que caracteriza os processos criativos em dança contemporânea. Nessa edição retornam ao
Festival os jovens artistas Fernando Belfiore (São Paulo/Amsterdã) e Michelle Moura (Curitiba) proporcionando ao público a possibilidade de acompanhar a continuidade de seus trabalhos. O FCD recebe ainda os performers Ivo Dimchev
(Sofia/Bruxelas), Sofia Dias e Vítor Roriz (Lisboa), e Jared Gradinger e Angela Schubot (Berlim) viabilizando a apresentação de seus trabalhos pela primeira vez no Brasil.

Nesta oportunidade o Festival também conta com a presença do criador do Grupo Cena 11, Alejandro Ahmed, que oferecerá uma oficina e mostrará um solo que aponta uma nova fase na sua trajetória artística.

Criando ressonâncias para além da sala teatral, o FDC promove mais uma edição do 7×7, projeto idealizado por Sheila Ribeiro, onde artistas dividem suas impressões sobre as apresentações.

A grade de programação dos espetáculos tem início dia 31 de outubro e se estende por todo o mês de novembro, viabilizando curtas temporadas a preços populares ou com entrada franca, três oficinas de criação gratuitas voltadas à qualificação artística e mais uma edição do 7×7, projeto de crítica que dialoga com as propostas do Festival.

Espetáculos

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Um gesto que não passa de uma ameaça

Sofia Dias e Vítor Roriz (Lisboa)
Classificação: 12 anos – duração: 40 min
OLIDO – 31 de outubro, 1, 2 e 3 de novembro
Quinta a sábado, 20h
Domingo, 19h

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Fole

Michelle Moura (Curitiba)
Classificação: 14 anos – duração: 40 min
FUNARTE – 1, 2 e 3 de novembro
Sexta a domingo, 19h

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Sobre expectativas e promessas

Alejandro Ahmed – Grupo Cena 11 (Florianópolis)
Classificação: livre – duração: 40 min
OLIDO – 7, 8, 9 e 10 de novembro
Quinta a sábado, 20h
Domingo, 19h

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Som Faves

Ivo Dimchev (Sofia/Bruxelas)
Classificação: 16 anos – duração: 50 min
FUNARTE – 9 e 10 de novembro
Sábado e domingo, 19h

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What they are instead of

Jared Gradinger e Angela Schubot (Berlim)
Classificação: 12 anos – duração: 60 min
FUNARTE – 15, 16 e 17 de novembro
Sexta a domingo, 19h

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Fernando Belfiore (São Paulo/Amsterdã)
Classificação: 14 anos – duração: 55 min
FUNARTE – 22, 23 e 24 de novembro
Sexta a domingo, 19h

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Um gesto que não passa de uma ameaça, de Sofia Dias e Vítor Roriz (Lisboa)

Sinopses

Um gesto que não passa de uma ameaça

Sofia Dias e Vítor Roriz (Lisboa)

Em Um gesto que não passa de uma ameaça assumimos a palavra como um corpo sujeito às mesmas lógicas de composição do movimento. Considerar uma palavra enquanto corpo é lidar com toda a sua potência, é ter em conta não só o seu significado como também a sua plasticidade sonora e a sua relação com a voz, a respiração, o ritmo e a musicalidade. Assim como quando repetimos uma palavra até ela perder seu significado, procuramos situar-nos nesse momento de perda e atribuição de sentido, de degeneração e transformação, indo ao encontro do modo caótico como a nossa mente percebe e associa acontecimentos. Deste modo, libertamo-nos de determinismos semânticos e sintáticos, dissimulamos a hierarquia aparente entre a palavra, a voz, o movimento e o gesto e aspiramos a novas constelações de sentido que reflitam a complexidade da experiência humana que tão ingenuamente se tenta conter em sistemas e modelos. É um percurso degenerativo entre palavras contraditórias, contextos sem correspondência, línguas diferentes ou até mesmo inexistentes, feito por ligações tênues e sutis de sons, movimentos, respirações e fonemas.

Sofia Dias & Vítor Roriz colaboram desde 2006 na pesquisa e na concepção de trabalhos de dança, apresentados em vários países europeus. São artistas vinculados à associação cultural “Materiais Diversos” (Lisboa) e ao “Espaço do Tempo” (Montemor-o-Novo). Sofia Dias formou-se na Escola de Dança do Conservatório Nacional em 2001, em Nova Iorque e no C.e.m. (Lisboa). Trabalhou como performer com diversos artistas europeus e, paralelamente, dedicou-se ao trabalho experimental de som, compondo os ambientes sonoros para as suas criações. Vítor Roriz formou-se em educação física na Universidade do Porto. Trabalhou como ator no Teatro Oficina (Guimarães) e com diversos artistas, aprofundou sua formação em dança no Centro de Dança do Porto e no Forum Dança, em Lisboa. Foi bolsista do DanceWeb2011 e participou dos projetos COLINA/06 (Tallinn, Estônia) e APAP/07 (Torres Vedras).

Ficha Técnica: Direção, texto e interpretação: Sofia Dias & Vítor Rortz/ Som: Sofia Dias/ Colaboração artística: Catarina Dias (imagens em cena)/ Direção técnica e iluminação: Nuno Borda de Água/ Figurinos: Lara Torres/ Coprodução: Box Nova/CCB, O Espaço de Tempo, CDCE/ Parceiros: Alkantara, ACCCA, O Rumo do Fumo, O Negócio/ZDB, Bains Connective/ Difusão: Materiais Diversos/ Gestão financeira: SUMO Associação de Difusão Cultural/ Projeto financiado pelo Governo de Portugal/ Secretário de Estado da Cultura – DG Artes

Fole

Michelle Moura (Curitiba)

Em Fole o movimento é de expulsar. A prática é de hiperventilar. E o desejo é de sair de si.

Escolhi a hiperventilação como estratégia para explorar o fenômeno do feedback na dança que estou interessada em produzir. Entendo feedback como um processo em que “o efeito de uma pequena perturbação em um sistema inclui um aumento na magnitude da perturbação”. A respiração acelerada produz concretamente alterações no meu estado psicofísico, e assim mantenho um processo de constante atualização de sensações. O resultado é uma dança que tende à instabilidade, à desorientação e ao exagero – qualidades que consequentemente me levam à exploração do paradoxo entre o “mover” ou “ser movido”.

Michelle Moura é performer e coreógrafa. Suas últimas criações são Cavalo (2010) e Big Bang Boom (2012), ambas movidas pela busca de estratégias para responder temporariamente a pergunta “o que move um corpo?”. Como performer colaborou e trabalhou com Dani Lima (RJ), Alex Cassal (RJ), Fabian Gandin (AR) e Vincent Dupont (FR). Foi cofundadora e integrante do extinto Couve-Flor Mini-comunidade Artística Mundial. Estudou dança na Casa Hoffmann, Curitiba e em Essais – Centro National de Danse Contemporaine d’Angers (dirigido por Emmanuelle Huynh), França e atualmente é mestranda em coreografia (Amsterdam Master of Choreography – AMCh) pela AHK.

Ficha Técnica: Criação e performance: Michelle Moura/ Som: Rodrigo Lemos/ Luz: Fábia Regina/ Dramaturgia: Alex Cassal/ Produção: Cândida Monte e Wellington Guitti/ Agradecimentos: Leticia Skrycky, Elisabete Finger, Espaço Cênico/Nena Inoue, Obragem/Olga Neneve e Eduardo Giacomini, Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, Tamara Gomez, Lucía Valeta, Vera Garat, Aurora Riet, Renata Moura.

Sobre expectativas e promessas

Alejandro Amhed/ Grupo Cena 11 (Florianópolis)

Sobre expectativas e promessas é um discurso instaurado pelo movimento, organizado por músculos e ossos. Uma névoa-objeto que evoca, na sua aparência, um nome próprio com identidade fantasma. Identidade como emergência, um surgimento de respostas a situações propostas pela relação no tempo entre ambiente, corpo e movimento.

Expectativa é uma relação com o futuro, com algo que você enxerga em potência, instaurando uma crença e um desejo de confirmação. Promessa é uma relação com o futuro em que um ato de confiança e certeza é dado àquilo que não temos pleno controle ou acesso.

Em Sobre expectativas e promessas, a deliberação e inevitabilidade orientam a gestão do movimento na busca de um encontro com o passado, não o passado histórico, mas aquele que instaura novas possibilidades de futuro a cada instante.

Alejandro Ahmed (1971) é coreógrafo residente, diretor artístico e bailarino do grupo catarinense Cena 11 Cia. de Dança – que completa, em 2013, vinte anos de pesquisa e criação. Junto ao Cena 11, promoveu o desenvolvimento de uma técnica voltada para o estudo dos limites do corpo. As produções do grupo ganharam diversos prêmios (Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, APCA, Bravo!) e participaram de diversos festivais e turnês nacionais e internacionais. O solo “Sobre expectativas e promessas” foi contemplado pelo programa Rumos Dança Itaú Cultural 2012/2014.

Ficha Técnica: Criação, direção e performance: Alejandro Ahmed/ Assistência de direção, criação e ensaios: Mariana Romagnani/ Iluminação, trilha sonora e direção de cena: Hedra Rockenbach/ Máscaras: Maurício Magagnin/ Fotografia: Cristiano Prim/ Arte gráfica: Pedro Franz/ Pesquisa compartilhada: Grupo Cena 11/ Preparação técnica e ensaios: Grupo Cena 11, JUSC – Jurerê Sports Center/ Agradecimentos: UDESC, Ceart, Célula Dança, Vicente Concílio, Ivo Godois, Irani Apolinário, Ademir José, Alysson Coelho, Antônio Marcos, Christian dos Santos, Leonardo Nascimento, Osmar Policarpo, Zulamar Vottri, Roberto Freitas, Juan Pablo Salazar e Elke Siedler.

Som Faves

Ivo Dimechev (Sofia/ Bruxelas)

Para o solo Som Faves, Ivo Dimchev compilou uma lista de temas, objetos e pessoas que, de uma forma ou de outra, estão perto do seu coração – incluíndo desde eventos diários até histórias pessoais e reflexões sobre arte. Estes são os “favoritos” aos que se refere o título. Com uma peruca, um teclado e uma tela, ele entra no palco, apresenta uma ampla variedade de registros e humores e muda de um personagem extravagante para o seguinte sem esforço. O que começa como uma colagem aparentemente incoerente se transforma quase imperceptívelmente num retrato íntimo e tragicômico do performer. É ao mesmo tempo hilário e profundo. Som Faves foi selecionado para o Theatre Festival em 2010 e foi apontado pela revista Time Out New York como um dos destaques de 2011.

Ivo Dimchev (1976) é um dos performers mais notáveis do atual cenário internacional de arte contemporânea. Seu trabalho é uma mistura justa de performance, dança, teatro e música. Artista versátil, ele rompe gêneros e tabus. Dimchev criou suas primeiras apresentações em Sofia. Em 2007 foi para Amsterdã para estudar na DasArts. Lá, criou várias performances, incluindo o solo Som Faves. Já criou mais de trinta peças que percorreram o mundo e foi aclamado pela crítica e pelo público. Radicado em Bruxelas, Ivo Dimchev cria oportunidades para outros jovens artistas apresentarem seus trabalhos no ‘Volksroom’, seu próprio estúdio em Anderlecht.

Ficha Técnica: Concepção, texto, música e performance: Ivo Dimchev/ Coprodução: Tanz im August (Berlim), DasArts (Amsterdã), European Cultural Capital Linz 09, O is not company (Linz), Koninklijk Conservatorium /Artesis Hogeschool (Antuérpia), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo, Portugal).

What they are instead of

Jared Gradinger e Angela Schubot (Berlim)

Como podemos coexistir? Dizer “eu” significa transformar o outro em uma identidade estrangeira. Pode a intimidade abraçar a alteridade para formar uma espécie de ser comum? Se o ser se estende além dos limites da nossa pele, pode isso se tornar a evidência dos nossos múltiplos modos de existir, da simbiose do pertencimento? Quão íntimos podemos ser? Aonde nos leva o excesso de intimidade? Quanto da nossa individualidade resta no final? Quantos restos de ego posso eliminar e de quantos preciso? Angela Schubot e Jared Gradinger se conheceram há nove anos. Em ‘What they are instead of‘ buscam uma união incondicional.

Jared Gradinger Angela Schubot investigam modos de extrapolar o corpo. O ponto de partida é a busca de uma união incondicional para escapar da sua própria identidade. Eles descobriram uma forte ligação e um interesse comum por linguagens de movimento puramente físicas e extremamente dinâmicas. Seu trabalho tem sido apresentado em toda a Europa, América do Sul e Austrália em diversos contextos e é frequentemente combinado com atividades de ensino e pesquisa.

Ficha Técnica: Criação e performance: Jared Gradinger e Angela Schubot – Two Fish/ Coprodução: Les Grandes Traversees, Haus Der Kultren, Der Welt and Schwelle7 em parceira com Pictoplasma.

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Fernando Belfiore (São Paulo/ Amsterdã)

.whatdowefinallyshare. é uma performance que investiga modos de ‘estar junto’. Os três performers encaram uma jornada que coloca seus corpos em diferentes relações. O que produzimos, distribuímos e experimentamos individual ou coletivamente e como isso nos afeta? Intensa e com humor, a performance produz imagens fortes e misturas inusitadas.

Fernando Belfiore é coreógrafo e performer formado pela EAD/São Paulo e a SNDO/Amsterdã. Trabalhou com Deborah Hay, Jeremy Wade, Ann Liv Young e Ibrahim Quraishi e apresentou suas próprias performances em diversos países da Europa e no Brasil. Sua obra “The Miserable Thing” foi selecionada para o “ITs Festival Choreography Awards” e ganhou o prêmio de melhor direção no “Festival ACT” na Espanha em 2012. É residente na instituição “Dansmakers Amsterdam”, na Holanda, contexto onde criou o solo “Youmust” e “.whatdofinallyshare.” (selecionado pela associação Aerowaves como prioridade em 2013).

Ficha Técnica: Ficha Técnica: Concepção e coreografia: Fernando Belfiore/ Criação e performance: Andrius Mulokas, Valentina Parlato e Fernando Belfiore/ Olhar dramatúrgico: Katarina Bakatsaki e Suzy Block/ Luz: Fernando Belfiore/ Produção: Dansmakers Amsterdam/ Coprodução: IdFrankfurt/ Apoio: Amsterdam Fund for the Arts/ Fotos: Thomas Lenden.

7×7 no Festival Contemporâneo de Dança

hackeando parasitando revelando outros dados sampleados

Se você é um(a) artista que gosta de falar sobre o que viu depois de ter assistido a trabalhos de Dança e faz isso no corredor ou em bares com seus amigos, o 7×7 te convida a compartilhar suas paixões, reflexões, desgostos ou crueldade. Escreva, produza imagens e manifeste sua percepção como quiser: contato@seteporsete.net

Em 2009, Sheila Ribeiro, que vivia em Nanjing, veio para São Paulo dançar no Festival Contemporâneo de Dança. Percebendo um tipo de precariedade de reverberação dos trabalhos, perguntou para a primeira pessoa ao seu lado se ele tinha assistido a sua apresentação e se gostaria de escrever sobre o que viu, era Bruno Freire, artista que atualmente integra o projeto. O 7×7 – que desde então mora (também) no FCD – é um conectivo de “artistas-interlocutores”; uma vontade de instigar e reverberar uma rede comunicacional imaterial, sinérgica e transnacional, através de críticas-poéticas sobre, para, com, e em torno da dança contemporânea e de seus artistas: o artista escreve sobre outro artista de maneira artística.

seteporsete.net

Ficha técnica: Conceito: Sheila Ribeiro/ Artistas-interlocutores: Bruno Freire, Arthur Moreau, Rodrigo Monteiro, Caroline Moraes e Laura Bruno/ Produção: Sheila Ribeiro/ dona orpheline: Naiada Dubard e Camila Casseano.

OFICINAS DE CRIAÇÃO – PROGRAMAÇÃO

Horário: 14h às 19h

  • Ø  Sofia Dias e Vítor Roriz Pesquisa e improvisação de movimento

dias 29 e 30 de outubro, terça e quarta

  • Alejandro AhmedPercepção Física e Composição Generativa

dias 5 e 6 de novembro, terça e quarta

  • Ø  Jared Gradinger e Angela SchubotOn Becoming…

dias 12 e 13 de novembro, terça e quarta

Ficha Técnica do FCD 2013:

Direção artística: Adriana Grechi/ Direção geral: Amaury Cacciacarro Filho/ Direção técnica: André Boll/ Assistência de direção: Erika Fortunato/ Edição dos textos do programa: Lucía Yáñez/ Projeto gráfico: Fernando Bergamini/ Imagens: Edu Marin/ Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques/ Registro em vídeo: André Menezes/ Registro fotográfico: Jônia Guimarães/ Técnica: Santa Luz/ Idealização: Fractal Produção Cultural/ Realização: FUNARTE, Secretaria Municipal de Cultura e Galeria Olido/ Apoio: ProAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo 2012/ Apoio Institucional: Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2012/2014 e Instituto Goethe – Ano Alemanha Brasil 2014/ Parceiros: Cooperativa Paulista dos Profissionais de Dança, Festival Panorama da Dança e Jornal Folha de São Paulo

SERVIÇO

Complexo Cultural FUNARTE/SP – Sala Renée Gumiel

Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos

Ingressos: R$ 5,00 e R$ 2,50

Telefone: 11 3662.5177

Horário da bilheteria: uma hora antes do início do espetáculo

Galeria Olido – Sala Paissandu

Avenida São João, 473 – Centro – São Paulo/SP
Capacidade: 136 lugares
Entrada Franca

Horário da bilheteria: uma hora antes do início do espetáculo

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