Performer espanhol tatua no ânus o slogan da campanha de Donald Trump

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Foto: reprodução / Andrei Venghiac / The Huffington Post

O artista espanhol Abel Azcona teceu sua crítica ao Donald Trump, tatuando em volta do ânus as palavras que compuseram o slogan da campanha do atual presidente dos Estados Unidos da América: “Make America Great Again“. Para o Pink News o artista explicou que “toda vez que eu cagar ou alguém me penetrar, eu passarei essa frase racista e homofóbica.

A performance aconteceu nesta semana na Defibrillator Gallery em Chicago. Azcona já realizou mais de 500 projetos de performance e passou das 100 exibições individuais ao redor do mundo. Em conversa com o The Huffington Post, o artista disse que considera  que se trate de uma ação queer e política. 

“Eu sempre trabalhei meu corpo como uma arma e ferramenta política” disse Azcona ao The Huffington Post. “Por mais de 12 anos eu tenho feito performances e exibições políticas e sociais que me levaram para cadeia, detenção e ameaças de morte Eu acredito no empoderamento do corpo e da dor. O ânus é uma zona de prazer para muitas pessoas e uma área de pecado para outras. Eu penso que desmistificando o que o ânus é, e escrevendo um lema político fascista como esse em meu ânus, é uma ação claramente crítica e subversiva.”

Ainda, para o site Pink News o artista disse que:

“Fui adotado por uma família ultra-conservadora, e com múltiplas experiências de abuso sexual e infantil. O lema que eu tatuei no meu ânus é um lema fascista. Um lema que faz com que a Igreja, o patriarcado e as pessoas desprezíveis como Trump possam usar e abusar de nós quando quiserem. É o mesmo que fizeram comigo quando eu era criança”

Abel Azcona completou dizendo ao The Huffington Post que toda pessoa que enfrenta marginalização e discriminação nas mãos da administração de Trump tem a responsabilidade de falar da maneira que considerar conveniente. “Eu acredito que todos nós que nos consideramos diferentes nunca deveríamos ser silenciados” e, completou, “Nós devemos atacar. Nós devemos usar os nosso corpos como armas de empoderamento. Nós somos bichas, mulheres, mexicanos, negros e diferentes. E nós somos corajosos. Arte é a maior arma crítica, social e política que eu conheço”. 

Uma parcela da população mundial está mais chocada com a ação performática do que com as propostas claramente fascistas do atual presidente dos Estados Unidos da América. Como diria Bertolt Brecht, “que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?”

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