Foto: divulgação
O artista Marcos Abranches está a desenvolver o seu novo trabalho e eis que chegou o momento de acompanhar os seus processos criativos em torno do A justiça sobre uma cadeira no inferno. O assistente de direção da obra, Jeff Celophane, escreveu:
“Desde Agosto deste ano, ocasião do seu retorno da Europa, Marcos me convidou para eu me reintegrar a Cia, uma parceria/paixão que havia se perdido há alguns anos. Me contou o que pretendia em seu novo espetáculo/pesquisa, uma história real pesadíssima, quase impossível de acreditar que realmente aconteceu.”
Além de Jeff, o trabalho conta com as parcerias do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, Lia Steinberg, Renata Maximo Guidetti, Gabrielle Lopes e Gal Oppido.
A justiça sobre uma cadeira no inferno estará em curta apresentação no Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo nos dias 11 e 12 de Dezembro. A entrada é franca.

SINOPSE
A performance em dança/teatro de Marcos Abranches, inspirada na história de Gypsy Rose Blanchard, transcende o relato pessoal e se torna uma poderosa crítica social.
Através da vivência do artista, a narrativa de controle materno se expande para uma metáfora sobre as estruturas de poder que infantilizam e oprimem corpos fora da norma. A figura da Mãe-Dragão simboliza forças sociais e institucionais que, sob o pretexto da proteção, exercem controle e cerceiam a autonomia. A obra, longe de buscar a catarse emocional ou a empatia superficial, convida o público a reconhecer os mecanismos de opressão em sua própria sociedade, deixando questões abertas e provocando a reflexão sobre o papel de cada um nessas relações de poder, em uma abordagem que se alinha à tradição brechtiana de usar o teatro como uma lente crítica para a sociedade, as práticas somáticas como processos de criação de movimento e a própria motivação do artista.
Gypsy Rose Blanchard foi vítima de abuso da mãe, Dee Dee, que fingia que a filha tinha várias doenças graves. Forçada a viver em cadeira de rodas e a fazer tratamentos e cirurgias desnecessárias, Gypsy cresceu sob um controle absoluto. Em 2015, ajudou o namorado a matar a mãe para se libertar. Foi condenada a 10 anos de prisão e saiu em 2023.
FICHA TÉCNICA
Coreografia e performance – Marcos Abranches
Assistência de direção – Jeff Celophane
Atriz convidada: Gabrielle Lopes
Trilha sonora: Pedro Simples
Iluminação: Zulu
Mediação do bate papo: Renata Guidetti – Turcheti
Agradecimentos: Lia Steinberg
SERVIÇO
11 e 12 de dezembro de 2025 – 19h
CRD – Centro de Referência da Dança
Praça Ramos Azevedo, s/n – Baixos do Viaduto do Chá (Próximo ao Teatro Municipal de São Paulo)
Grátis por ordem de chegada – 50 lugares.
Classificação: 16 anos
Bate papo ao final.
