8ª edição do “Dança à Deriva” ganha extensão presencial no Centro de Referência da Dança de São Paulo

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O encontro latino-americano de dança, performance e ativismo traz para a cena paulistana
artistas do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Paraguai promovendo o intercâmbio de
experiências estéticas


O encontro latino-americano de dança, performance e ativismo traz para a cena paulistana
artistas do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Paraguai, com o objetivo de promover
o intercâmbio de experiências estéticas. O evento ganha uma extensão da sua 8ª edição,
agora no modo presencial, apresentando espetáculos, performances, intervenções,
laboratórios, exibições de vídeos e conversatórios. Numa realização do Centro de
Referência da Dança SP
e da Radar Cultural gestão e projetos, o evento acontece de 10 a
19 de de dezembro, no Centro de Referência da Dança de SP, com ingressos gratuitos.


Ao contrário do que costuma acontecer, nessa extensão, não houve um chamamento aberto
para seleção de propostas. Solange Borelli, idealizadora e coordenadora geral do Dança à
Deriva
convidou artistas e coletivos, alguns deles que já participaram em edições anteriores,
entre outros que trazem em seus trabalhos dramaturgias que interessam à esse encontro.


Em 2021, é possível dizer que o Dança à Deriva se firma como um espaço poético-político,
que fomenta a cooperação e a interlocução entre os países envolvidos. Desde a primeira
edição, o encontro já agregou mais de 1.200 artistas, organizados em coletivos
independentes que além de investigar novas possibilidades de criação das artes do corpo
em interações com outras linguagens, criam também outros espaços de convivência
poéticas.


A abertura do evento, no dia 10, terá show de Ieda Hills, Arnaldo Tifú e Pedro Simples, e a
programação segue durante toda a semana. Alguns espetáculos serão apresentados ao
vivo pla primeira vez, como é o caso do solo O Idiota, do bailarino Marcos Abranches e com
direção de Sandro Borelli. Destaque também para Hugo Rojas, do Paraguai, que traz a obra
Kamba Ra’aranga o la transformación de un negro. Hugo integra o Colectivo Artístico Tercer
Espacio
que este ano comemora seus dez anos de existência. A Bolívia estará
representada por Edwin Villaroel Cusicanqui – El Chukuta e Oscar Rea Lópes, dois jovens
artistas que vem revelando a dança contemporânea de seu país.


Entre os coletivos que se apresentam, estão as companhias Carne Agonizante, Batakequê,
Zumb’Boys, Núcleo Improvisação em Contato
e Coletivo Calcâneos, do Brasil, Despues de
la violencia
, Chile, e enNingúnlugar, do México. Mas teremos também os artistas solistas,
presença marcante nesta edição de Dança à Deriva: Thi Angel, Pedro Galiza e Rebeca
Tadiello
, do Brasil, além de Dani Yara e Ursula Ramirez Giraldo, da Colômbia.

Outro destaque dessa edição é a inauguração de uma experiência chamada Transurbância.
Inspirado no conceito de Francesco Carreri, essa atividade propõe colocar os artistas na rua
de outras formas para olhar o que passa despercebido. Os participantes irão percorrer
diferentes espaços urbanos e abertos, se colocando também com os corpos abertos a
receber essa troca com o ambiente. Afetados pela emergência de co-criação de práticas
individuais e coletivas, os artistas estão prontos para trabalhar a escuta como radar de
silêncios e aumentar a capacidade de inventar em suas cidades. A atividade vai ocorrer nos
dias 12, 13 e 14 de dezembro, iniciando às 15h, com possibilidades de finalizar a
experiência por volta das 19h. No primeiro dia, toda a experiência será desenvolvida a
caminho da cidade de Suzano, no espaço cultural do coletivo OS CONTADORES DE
MENTIRA
, e no dia 19, domingo, no espaço LINKS207, em Santo André.

Nessa edição presencial, o Dança à Deriva conta também com o apoio da Oficina Cultural
Oswald de Andrade
, que receberá workshops de Hugo Rojas (Paraguai), enNingúnlugar e
Amaranto
(México/Colômbia)), Nicolás Cottet (Chile) e Dani Yara (Colômbia), além do
laboratório do Colectivo Despues de la Violencia (Chile), esse último sendo o único que
ocorrerá no CRD SP.


A extensão da 8ª edição recebe ainda o EntrAmadas, encontro de artistas-gestores da
Latino América no dia 17 de dezembro, sexta-feira, das 10h às 17h. A ideia é promover uma
articulação com artistas de outros países, via streaming, para uma discussão aprofundada
sobre as nossas realidades políticas, sociais e culturais, para que nos reconheçamos
enquanto potências de criação, transformação, lutas e militâncias, e assim, implodir nossas
fronteiras territoriais simbólicas.

“Essa extensão da edição 2021 do Dança à Deriva tem um significado muito especial. Além
de ter sido pensada e organizada por um grupo de artistas Poetas Conspiradores, que vem
de modo colaborativo discutindo esse encontro, expandindo o seu modo de acontecer para
outros países, Dança à Deriva também terá sua experiência ao longo desses dez anos
discutida no ambiente acadêmico dentro do Programa de Mudança Social e Participação
Política da USP. Em tempos em que a cultura vem sendo desmobilizada e atacada por um
governo que não propõe nada nesse campo, voltar a ocupar espaços significativos como o
CRD, a OSWALD DE ANDRADE, os CONTADORES DE MENTIRA, o LINKS207, para
construir uma rede de fortalecimento e fomento à arte, se faz ainda mais urgente do que em
anos anteriores. É necessário e vital continuar nos mobilizando e criando novas e outras
tramas poéticas e políticas, colaborativas e afetivas”
, afirma Solange Borelli.


Dança à Deriva – Extensão da 8ª edição
De 10 a 19 de dezembro
PROGRAMAÇÃO – disponível no site https://www.dancaaderiva.com/ e no link

Ingressos grátis. Consultar site para disponibilidade e informações sobre retirada em cada
uma das atrações. Cursos, workshops e oficinas necessitam de inscrições.

Ficha Técnica
Idealização e Coordenação Geral: Solange Borelli
Poetas Conspiradores: Sylvia Fernandéz, Valéria CanoBravi, Eliana Jimenez, Luis Rubio,
Nicolás Cottet, Thi Angel e Solange Borelli.
Produção Executiva: Maju Tófulli
Coordenação Técnica: Alexandre Zullu
Identidade Visual e Arte Gráfica: Rafael Markhez
Equipe Audiovisual:
Direção de Fotografia, montagem e edição – Pri Magalhães
Registro em foto: Giorgio D’onofrio, Giovana Pasquini e Rafael Markhez.
Assistentes de fotografia/ operadores de câmera: Cláudia Magalhães, Pauli Reis, Wesley
Cardiolli.
Equipe de Produção CRD SP: Gestão: Sulla Andreato, Bruna Pires e Josie Berezin.
Técnico de Luz: Edu Cabral.
Técnico de Som: Vinicius Reis. Jovens Monitores Culturais: Fabiano Savan, Wallace Farias,
Julia Loures e Brunette Coelho
Redes Sociais: Renato Fernandes
Apoio: Cooperativa Paulista de Dança e Oficina Cultural Oswald de Andrade
Parcerias: Coletivo OS CONTADORES DE MENTIRA e espaço LINKS207.
Coordenação da Produção: RADAR CULTURAL Gestão e Projetos
Realização: Centro de Referência da Dança SP – Secretaria Municipal de Cultura.

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