Kentucky propõe proibir o uso de tatuagens para cobrir cicatrizes

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Kentucky não explica bem, mas quer proibir cobertura de scar com tattoo. Foto: reprodução/Reddit

O ano é 2019 e temos assistido diversos países a construir projetos de lei proibindo as diferentes técnicas de modificações corporais. Nem a tatuagem tem escapado, como o recente caso dos Estados Unidos.

O New York Post publicou uma matéria em 06 de Maio contando que oficiais da saúde de Kentucky, EUA, estão propondo a proibição de tatuagens para cobrir cicatrizes, afetando diretamente que as pessoas tenham autonomia sobre o próprio corpo.

Ainda segundo a matéria do New York Post, o Departamento de Saúde Pública do Estado não declarou um motivo razoável para a proibição proposta, “exceto que quer se concentrar em ambientes mais limpos em lojas de tatuagem”. A decisão não faz sentido algum.

A proposta não define com clareza o que quer dizer por “pele com cicatrizes”, sendo assim, os profissionais de tatuagem não poderiam oferecer tatuagens para cobertura de cicatrizes que tenham sido feitas por uma cirurgia, acidente ou até mesmo alguma marca de violência. E repetindo, a proibição retira da pessoa o direito de decidir sobre o próprio corpo.

A justificativa do Departamento de Saúde até o momento – além da citada acima e que não faz sentido – foi a de que as regulamentações da área de tatuagem não estão sendo atualizadas há 15 anos. A justificativa também não faz sentido, porque você pode atualizar as regulamentações de uma área, desde que tenha sentido e coerência.

É muito importante considerar que tatuagens têm ajudado sobreviventes de câncer, vítimas de queimadura e vítimas de violência doméstica ao redor do mundo. A proibição ao que parece carrega mais julgamentos moralizantes, do que sensatez.

Até o final do mês haverá uma consulta pública na capital do Estado. A iniciativa rendeu duras críticas para além da indústria da tatuagem.

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