Cidade Livre é uma antítese ao projeto da prefeitura e está propondo mais cor, mais diálogo, mais beijos e abraços.

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Fotos: Guilherme Olhier

“Queremos a cidade colorida, como nosso amor, nossa pele, nossa vida!” Gustavo Katzinski (35) – Consultor de viagens e Renato Cardoso (29) -Figurinista/Produtor de Moda.

 

“O grafite é uma forma de arte original, de rua, inclusiva e democrática. Rejeita restrições e regras fixas, incentiva a participação popular. Transformou-se em uma cultura de resistência à segregação social e urbana. Eu estimulo essa importante manifestação cultural e artística, destinando uma das paredes de meu gabinete à obra da artista Mari Mats”
Eduardo Suplicy

“A cidade sempre foi palco das mais diversas manifestações culturais e artísticas. A maioria delas nasceram e se desenvolveram nas ruas, principalmente nas periferias, onde os artistas dão voz e cara aos problemas sociais que enfrentam diariamente, se expressando de maneira singular. O picho e o grafite são os principais meios de expressão dessas manifestações e sempre foram alvo de muita polêmica e debate. Desde os anos 60, quando o picho começou a ser feito como forma de protesto contra a Ditadura Militar no Brasil, existem opiniões divergentes sobre o que é arte, o que não é. “
Guilherme Olhier 

 

O prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB) declarou guerra contra os pichadores, parte dos grafiteiros e artistas de rua. Fantasiado com roupas de funcionários da limpeza municipal, ele e seu secretario de subprefeituras, o também tucano Bruno Covas, cobriram com tinta cinza, pichações e grafites nos últimos dias. A ação faz parte do programa Cidade Linda, que prevê reparo em calçadas e pintura de muros em vários bairros da capital.

Carolina Garcia manda um beijo para o cinza.

A ação do novo prefeito da cidade de São Paulo tem sido bastante criticada, principalmente pela ausência de diálogo com a sociedade. Assim, projetos sociais estão surgindo como forma de resistir ao peso do cinza, como exemplo, o Cidade Livre  criado pelo jornalista Guilherme Olhier. O projeto nasce do desejo de resistir e da indignação é uma antítese ao projeto da Prefeitura, propondo mais cor, mais diálogo, mais beijos e abraços.  

“Precisamos entender que a cidade é feita para pessoas. É um elo, um laço, um passo. Por cidades livres. Por corpos livres. Por amor em SP!” Karine Guimarães, 27, tatuadora. T. Angel, 35, artista da performance. Graffiti: Sapiens/Joks Johnes

Guilherme Olhier relaciona as artes das ruas com o amor e, sendo assim, deve ser e permanecer livre. Para expressar essa ideia ele tem fotografado casais e pessoas de todos os tipos que pretendem expressar o amor, tanto pelas pessoas, quanto pela arte de São Paulo. Essas pessoas estão posando em frente aos seus muros preferidos e registrando suas liberdades e mais do que isso, ocupando a cidade com seus corpos e cores. 

Hão de usurpar nossas cores, mas nunca nossos amores. Eles existem, e resistem.” Tiago Horbatow (26, Relações Públicas) e Renato Sales (28, Relações Públicas) Arte: Alexis Diaz e INTI

Gostou do projeto e quer participar? Você pode! O Cidade Livre está aberto para receber quem quiser participar, basta enviar uma mensagem privada pela fanpage no Facebook ou mensagem direta no Instagram. Não há curadoria, mas a ideia é trabalhar e fomentar a diversidade. Como o autor do projeto diz: “quanto mais diversidade, melhor“. Ah! Segundo palalvras de Guilherme Olhier, “as atualizações do projeto irão acontecendo e correndo contra o jato, antes que a cidade se torne cada vez mais cinza e “linda””.

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