Conheça o ‘Snake Eye Piercing’ e as discussões que giram em torno dele

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Snake Bite Piercing – Feito por Daniel Rodrigo

Há um bom tempo vemos circulando pelas redes sociais o chamado Snake Eye Piercing. Percebíamos que não havia um consenso entre as e os profissionais do Brasil e uma certa carência de informação e justamente por esses motivos que resolvemos escrever esse artigo. Sobre a falta de consenso, de um lado víamos boas e bons profissionais fazendo a aplicação e de outro, boas e bons profissionais não apenas não fazendo mas como também trabalhando para que ela não fosse feita mais e por ninguém. Assim, abrimos um espaço de diálogo com várias e vários profissionais para entender mais sobre o assunto no grupo Reflexões das Modificações Corporais. O espaço também foi aberto para pessoas que tinham o snake eye piercing e que contribuíram com suas próprias experiências. Junto com isso fomos para as pesquisas e trazemos algumas informações que visa colaborar com as pessoas que se interessam pelo assunto.

Snake Eye Piercing em uma tradução literal seria algo como piercing olho de cobra, não é de todo novo, talvez só no nome. Assim como a maioria das perfurações, o nome está atrelado a aparência que se forja, duas esferas sobre a língua que aparentam ser como um par de olhos de cobra. Não pode ser confundido com o Snake Bite Piercing, que são perfurações nas laterais do lábio e tão pouco com o Venom Piercing, que são duas perfurações feitas nas laterais da língua mas de modo vertical, isto é, atravessando de um lado para o outro e de cima para baixo (ou debaixo para cima).

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Snake Eye Piercing – Feito por Thaís Zanello
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Snake Bite Piercing – Feito por Thiago Sandroni

 

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Venom Piercing – Foto: reprodução Piercingtime.com

Considerado como sendo na realidade um surface piercing, inicialmente era chamado de Scoop Piercing, segundo a BMEzine Encyclopedia, é um nome específico para uma perfuração horizontal na língua e aponta que tenha sido um termo local fornecido por Jeremy Elms da Solid Image Tattoo na Flórida, Estados Unidos da América. Ainda que careça de data, é muito provável que isso tenha se dado no começo da década de 90, período em que Jon Cobb também estava experimentando novas perfurações, a exemplo, o Lingum Piercing (1993) e a perfuração da úvula (1994). Além do transcrotal e pocketing, no mesmo período.

Como, quando e quem passou a usar o nome de Snake Eye Piercing no lugar do Scoop Piercing, não conseguimos descobrir nesse primeiro momento. Esperamos que essa informação apareça, inclusive através da publicação desse artigo.

Segundo as pesquisas que fizemos a maioria das e dos profissionais que fazem o procedimento recomendam que não se use aço ou titânio nas esferas, pela chance de atrito com os dentes. De modo geral, a peça utilizada é um barbell, embora ficamos sabendo que alguns e algumas profissionais estão modelando suas próprias peças e conseguindo resultados positivos em seus trabalhos. Como veremos mais adiante.

Um dos pontos importantes desse artigo, é lembrar que em tempos de redes sociais, onde os ânimos facilmente se alteram é preciso prudência em como passar uma informação, principalmente quando ela tem a intenção de ser educativa. Se a ideia é apenas gerar polêmica, criar um barril de pólvora ou ofender pessoas, talvez tenhamos que ter mais cautela ainda quando endossamos – algumas vezes sem perceber – essas ações que precisam ser tratadas criticamente, no sentido de poder colaborar com a construção de um ambiente amistoso e saudável para todas as pessoas. Falamos isso pois vimos circular um cartaz (além de alguns outros) com os dizeres:

“Querida internet, pare de dar ideias perigosas para as pessoas. Atenciosamente, perfuradores responsáveis”

 

A frase é problemática porque primeiro culpa a internet por sugerir uma ideia que é anterior a ascensão da própria internet como a conhecemos no Brasil. Na realidade a própria ideia de manusear o corpo tal qual o fazemos é por si só bastante perigosa e é preciso ter isso sempre em mente. Inclusive é com base nesse mesmo discurso “de que é perigoso” que a nossa autonomia sobre o corpo está em constante ameaça pelo Estado. Segundo porque nega ofensivamente todo o investimento de pessoas como o próprio Jon Cobb e Jeremy Elms (entre tantas e tantos outros, como o próprio Fakir Musafar, Jim Ward e Steve Haworth) que inovaram e buscaram inovações de várias maneiras do campo do body piercing e muitas das inovações (que talvez hoje já não sejam tão novas assim), usufruídas por toda uma classe, se deram justamente porque houveram pessoas que ousaram e sugeriram em algum momento o que é entendido como a tal da ideia perigosa. Terceiro porque ao dizer e assinar essa mensagem como “perfuradores responsáveis” (sic) está automaticamente chamando ofensivamente de irresponsável uma série de pessoas que também são profissionais, muitas vezes tão qualificadas e qualificados quanto quem não faz o Snake Eye. Novamente, é possível informar e educar sem ofender, mas do que possível é necessário. Inclusive a chance de construção de um saber coletivo e colaborativo – como esse próprio que você está a ler agora –  é muito maior quando respeitamos a classe a qual pertencemos.

Indo agora aos depoimentos que coletamos, a Mah Zamith nos contou que fez o Snake Eye Piercing com o profissional Daniel Rodrigo em São Paulo. Ela nos contou que não teve problemas com a cicatrização, mas diz que teve que reaprender a mastigar para que não mordesse a bolinha  com os dentes da frente. Além da aflição e dor, quando isso acontece pode quebrar o dente, nos lembra Mah.

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Snake Eye Piercing – Feito por Daniel Rodrigo

O profissional Daniel Rodrigo está trabalhando com essa técnica há quatro anos. Fez suas pesquisas e desenvolveu o seu próprio método e joia. As primeiras pessoas em que ele fez o Snake Eye Piercing têm o procedimento saudável até hoje. Ele afirma que fez diversas aplicações dessa técnica e que seus clientes não tiveram problema com a cicatrização e nem com a adaptação final. Como Daniel trabalha com a formação de novos profissionais, ele tem passado adiante a técnica que usa e igualmente não recebeu relatos negativos de suas alunas e alunos.

Do time dos que produzem as suas próprias joias, temos o piercer Bruno Palhano de Joinville. Ele nos contou que usa um micro surface e que nunca teve reclamações posteriores de seus e suas clientes.

Toda modificação corporal exige do nosso corpo aceitação e adaptação. Hábitos simples como mastigar precisam ser reaprendidos dependendo da escolha que fazemos. Precisamos ser honestos conosco e saber se podemos ter a paciência necessária para esses casos, para reaprender as coisas mais simples, caso a resposta seja negativa, talvez algumas técnicas de modificações corporais não sejam indicadas, a exemplo, o próprio Snake Eye Piercing. É exatamente o caso do nosso FG Doug Perigon, ele alega que não teve dificuldades para nada, nunca mordeu a bolinha, mas desenvolveu o hábito de esfregar o piercing nos dentes e acabou recebendo a desaprovação de seu dentista, o que fez com que ele removesse a joia.

A profissional Juliana Flamínio de Poços de Calda diz que realiza normalmente a perfuração Snake Eye Piercing em sua clínica. “Não encontrei um motivo convincente para não realizar, assim como não encontramos na língua bipartida e no tongue piercing tradicional”, acrescentou. De fato a falta de consenso entre profissionais é muito forte e a falta de informações precisas tão forte quanto.

Aproveitando que falamos do agora tradicional piercing no centro da língua, o profissional Daniel Rodrigo nos reforça que “além da bolinha tirar o esmalte do dente” quando feito de modo incorreto pode “causar gengivite e ainda trazer problemas para o sistema digestivo”. O que nos coloca para pensar que talvez o problema menor esteja no Snake Eye Piercing (ou qualquer outro que seja) e sim mais efetivamente em como tem sido feito, ideia reforçada pelo depoimento da profissional Yui Piercer de São Paulo, que inclusive ostenta há mais de um ano 12 piercings horizontais na língua. Mais do que isso nos reforça a ideia de que não existe uma arena 100% segura quando se trata do manuseio do corpo humano. “É preciso estar atento e forte” já dizia a canção.

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Yui Piercer mostra suas várias aplicações de surface piercing.

Para termos real noção de que o campo do body piercing é bastante complexo, Alexia Queiroz de Santos disse que não teve problema algum com Snake Eye Piercing, em uma semana estava sem incomodo algum. No entanto, o seu Monroe Piercing (também chamado de Madonna Piercing, Chrome Crawford, Crayfish Piercing) ficava em contato com seus dentes, ao ponto dela precisar remover a joia. Nem por isso vamos demonizar o Monroe Piercing, vamos tentar entender o que aconteceu, o que podemos fazer para melhorar e etc.

Falando em melhorar… O piercer Rodrigo LoveCraft de São Paulo lembra que não podemos nos basear apenas em uma fotografia para realizar determinados trabalhos, ponto essencial e que não pode ser pormenorizado em tempos de redes sociais. É preciso reconhecer a complexidade de algumas técnicas e respeitar a própria complexidade do corpo humano. “Todo trabalho requer estudo, análise, pesquisa, não simplesmente fazer deliberadamente” e acrescentou que “pessoalmente estou há um bom tempo sem estudar técnicas e perfurações novas, eu não me acho apto  a fazer a perfuração, então não a faço, é simples”, concluiu. Somando ao time dos que preferem agir com honestidade consigo e com a clientela e esperar melhor preparação profissional para depois – talvez – oferecer o serviço, temos o piercer Efraim Haylas de Jundiaí. Se você pretende ter um trabalho saudável por bastante tempo em suas e seus clientes e uma carreira longa e com qualidade, é importante não ignorar essa informação. É preciso muita maturidade, respeito com o próximo e consigo para não se fazer aquilo que não se está apto.

Vamos chover no molhado, mas é sempre importante frisar ainda que repetidamente a importância de que profissionais do body piercing tenham conhecimento sobre anatomia humana. Essa informação é frisada por todas as pessoas que participaram de nossa pesquisa. O acompanhamento da clientela é fundamental e saber a hora de remover uma joia é essencial para evitar danos mais sérios. Para as e os clientes que pensam em ter esse procedimento é indispensável que se procure profissionais capacitados, não tenha pressa, converse, veja portfólio de trabalhos cicatrizados, busque referência na internet e tenha em mente que é a saúde do seu corpo que está em cheque.

É consenso também entre todas e todos que participaram de nossa pesquisa que é muito importante que a ou o body piercer profissional informe todos os riscos que determinada técnica envolve. Além dos riscos, orientar de todas as formas e com a certeza que ficou clara a informação sobre todos os cuidados. Isso se chama responsabilidade e ética. É um cuidar e querer bem daquele e daquela que está a confiar em seu trabalho. Sobre isso, o body piercer Pandão Piercer de Varginha e a body piercer Giulia Gonçalves de São Paulo contribuíram dizendo que várias e vários clientes desistiram da perfuração após receber todas as informações, exigências de cuidados e riscos. Novamente reforçamos, é preciso saber informar sem ofender.

Chegamos então no grupo de profissionais que não realizam o procedimento. A profissional Cris Piercer de Jaú diz que na maioria dos cursos de atualização que faz na área, recebe a orientação de que não se faça o Snake Eye Piercing. Somado dos casos em que ela viu pessoalmente e não tiveram sucesso, a profissional prefere não fazer a aplicação. A body piercer Cássia Demarchi de Piracicaba também não realiza o procedimento, segundo ela toda sua pesquisa aponta que não é aconselhável e que gostaria de provas que se trata de algo seguro para então começar a trabalhar com isso.

Somando ao time de profissionais que não fazem temos o Andre Fernandes de São Paulo. Ele nos conta que nunca fez e nunca faria. A justifica do profissional é que ele acredita que a joia não se acomode bem ficando sempre em contato com os dentes. Ainda, “por haver veias mais calibrosas que correm na lateral da língua, como todos os piercings tem uma migração por estar na ponta e horizontal é mais fácil expelir”, finalizou.

Já o body piercer Thiago Sandroni de Sorocaba e a body piercer Giulia Gonçalves de São Paulo embora não realizem mais o procedimento por acreditarem que no longo prazo o esmalte do dente é afetado ou até mesmo por desconhecerem o resultado disso no futuro, nos contaram que tiveram experiências com sucesso.

Já que falamos tanto da internet – muita vezes até sem perceber demonizando seus efeitos em nossa comunidade – precisamos também aprender a pensar além dela própria. Muitas vezes algo que aparece de modo viral, como sendo a última tendência, passando a impressão de que existe um oceano de pessoas abraçando a ideia e fazendo, na realidade não é bem assim. Em nossa pesquisa algumas e alguns profissionais disseram que nunca fizeram o procedimento pela ausência de procura, de modo geral não é uma técnica muito comum, pressuposto reforçado pela própria APP como veremos mais abaixo. Temos que ter a sensibilidade e senso crítico aguçado em perceber quando determinada pauta ou situação quer apenas espalhar pólvora em discussões de fato sérias e urgentes. Principalmente, não permitir que essa pólvora estoure e crie desconforto em uma classe que precisa cada vez mais aprender a se ver como companheiros de luta e não como inimigos em um duelo sem muito sentido. Isso não é sobre gladiadores e gladiadoras, mas sobre como oferecer um bom serviço, uma boa informação e juntar pessoas que se interessam por um assunto e objetivo em comum. É sobre como trabalhar coletivamente para o bem de todas e todos de verdade.

A APP faz suas ressalvas ao procedimento. Em texto de 2013 publicado no Tumblr do Safe Piercing da APP e assinado por Ryan Ouellette, temos a informação de que a técnica tenha sido mais ou menos comprovada como não viável (o que reforça a falta de consenso e assertividade que inclusive reverbera no Brasil) e que é rara, como havíamos apontado acima. Abaixo compartilhamos uma informação sobre os problemas que a técnica oferece, o artigo vai dizer que:

“Aqui é onde está o problema com piercings horizontais na língua. A língua é um órgão, porém, são dois músculos individuais cobertos por uma membrana de “borracha”. Perfurando de um lado ao outro, vai fazer com que os músculos fiquem quase fixados em conjunto e irá limitar o movimento natural e as funções da língua. Minimamente isso poderia causar a fala arrastada e dificuldade para comer, e os riscos mais graves seriam, danos aos dentes ou danos estruturais para a língua, podendo rasgar ou rejeitar.”

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Anatomia da língua. Foto: reprodução APP

Ryan aponta que vemos o Snake Eye online, mas raramente pessoalmente ou com a mesma frequência que se vê no ambiente digital, por ser considerado uma técnica insegura, sendo assim body piercers experientes se recusariam correr o risco de executá-los. Para Ryan Ouellette o Snake Eye Piercing é algo como uma lenda urbana do piercing no momento. Por fim lamenta dizer que a perfuração não seja viável, mas que tem em mente a segurança de seus e suas clientes.

Ainda que passamos longe de um consenso e tão pouco em trazer uma resposta pronta, o que fica claro é que essa técnica precisa ser pensada coletivamente. As e os profissionais que obtiveram sucesso precisam contar sobre isso e sem sofrer ataques desnecessários sobre suas competências e índoles. Se temos profissionais alegando que executam a técnica e que conseguem obter sucesso, não podemos simplesmente ignorar essas vozes e fingir que elas não estão existindo. Se assim o fizermos estamos assassinando um conhecimento. A técnica sim precisa ser atacada, mas no sentido de se apropriarem dela, de a esmiuçarem e, com isso, conseguirem obter o maior número de informações possíveis.

Entendam, é uma técnica que – para além do certo e errado – já existe, que como vimos em nossa pesquisa que vem sendo executada com sucesso em vários casos e, independente de todo risco, há pessoas que vão querer esse tipo de piercing em seus corpos. Então, se como profissional optamos em executar o procedimento temos a tarefa de nos informar, nos especializar e realizar o trabalho da melhor forma possível para evitar ou minimizar todo e qualquer risco.  Se optamos em não realizar, temos a tarefa de oferecer informações para que a pessoa não se machuque ao procurar um profissional não qualificado ou até mesmo fazendo sozinha. Se dominamos um determinado conhecimento, o melhor que podemos fazer é usá-lo para benefício da maior quantidade de pessoas possíveis. Como diria o Homem-Aranha, “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”.

Por fim, fazemos questão de deixar um gigantesco agradecimento para todas as pessoas e profissionais que participaram generosamente da nossa conversa no grupo Reflexões das Modificações Corporais. Até o fechamento de nossa matéria tivemos mais de 51 curtidas na publicação e mais de 26 comentários. Ainda que as ideias fossem diferentes (que bom!) se manteve um respeito e um alto nível de diálogo, o que demonstra não só maturidade mas o real desejo de se construir um saber coletivamente e que sirva para a maior quantidade pessoas possíveis. Estamos muito orgulhosos em ter construído esse texto em parceria com vocês. Muito obrigado!

REFERÊNCIAS

The risks of “snake eye” piercing
http://safepiercing.tumblr.com/post/41134869927/the-risks-of-snake-eye-piercings

Os riscos do “snake eyes”
http://raladopiercer.blogspot.com.br/2014/02/os-riscos-do-snake-eyes.html?m=0

Tongue Surface
https://wiki.bme.com/index.php?title=Tongue_Surface_Piercing

Madonna Piercing
https://wiki.bme.com/index.php?title=Madonna_Piercing

Uvula Piercing
https://wiki.bme.com/index.php?title=Uvula_Piercing

Jon Cobb
https://wiki.bme.com/index.php?title=Jon_Cobb

Tongue Piercing FAQs
http://info.painfulpleasures.com/help-center/piercing-information/tongue-piercing-faqs

Piercings Models
http://www.piercingmodels.com/snake-eyes-piercing/

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3 thoughts on “Conheça o ‘Snake Eye Piercing’ e as discussões que giram em torno dele”

  1. Observando as variações da perfuração e das opnioes e dados referentes, acredito que ter se a a perfuração surface propriamente dita cujo com o avanço das tecnilogias fas joias e fas tecnicas de perfuração tornou-se um piercing viável. E pode se separar da ideia de joias como microbell curvo na ponta da lingua. Pelo . Fato de não haver uma acomodação da joia satisfatória e causar danos aos dentes. Em contra partida joias com angulos de 90 graus colocada em local plano e sem pressão não intefere na mobilidade muscular da lingua e se assenta bem diminuindo a exposicao dos dentes com esferas de metal diminuindo a chance de traumas mecanicos. O surface hoje é viável desde que feito corretamente e jóias não adequadas ou pessoas despreparadas na execução ou no cuidado faram com que os resultados sejam negativos asssim como qualquer perfuração que não tenha sido bem feita. Profissionais procuram reduzir danos e celebridades querem aparecer mesmo que fazendo errado. Maus exemplos dados ao publico passam como correto, mesmo não sendo comprovadamente errado, impudente o é. E o pre conceito pode brecar a evolução de técnicas que podem tornar o procedimento seguro e eficiente eficiente falando tanto específica quanto abrangente levando em conta a evolução ja existente.

  2. Coloquei o Snake Eye, e não consegui ter uma boa cicatrização. Meus dentes da frente começaram a ficar doloridos e sensíveis como se estivessem sendo empurrados para frente, e na sequencia minha lingua começou a engolir a joia. As bolinhas do piercing já estavam quase todo para dentro da minha lingua. Num processo dificil e doloroso conseguir tirar a joia, e meus dentes ficaram sensíveis de doloridos por mais umas duas semanas.

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