Sesc Campinas promove encontro sobre experiência, limite e performance

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Foto: Claire Jean / divulgação 10405971_10201253665504193_1334980538_n                                             Performance “Entre Partos e Bombas” (2013) em fotografia de Claire Jean

 

A sétima edição do projeto PERFORMANCE, que acontece nos dias 27 e 28 de maio de 2014, se encaixa na discussão sobre as possibilidades e abordagens trazidas pelo SESC CAMPINAS a partir de seu programa de “Diversidade Cultural”. Para isso, convida os “performeiros” Filipe Espíndola e Sara Panamby para uma experiência/ritual de expressão poética e política tendo o corpo como elemento central da cultura. Sobre o Projeto: No intuito de possibilitar diferentes olhares e percepções acerca da realidade atual, o Sesc Campinas se aventura a propor uma provocação a partir da arte contemporânea. Dentro desse campo de reflexão, sugere discutir a especificidade da PERFORMANCE como meio de expressão artística. Para isso, o @sesccampinas traz, a cada mês, uma apresentação e um workshop de um artista que propõe sua obra ou parte dela enquanto PERFORMANCE. noname 27.05
as 18h30 às 21h30
Ritual de lo habitual
“Uma performance idealizada como um ritual tecnoxamânico, que lança questionamentos acerca das possibilidades do corpo enquanto produtor de presença, políticas e poéticas: evocador de devires”. A definição é dos “performeiros” paulistas radicados no Rio de Janeiro, Filipe Espíndola e Sara Panamby, que, dentro do contexto de celebração de diferenças, realizam uma performance com três horas de duração, seguida de uma noite de bate-papo com o público interessado.
Pensada como uma performance de longa duração na qual o público tem total autonomia para entrar e sair, transitar em torno de toda a cena, Ritual de lo habitual traz técnicas de perfuração corporal, pintura e composição com adereços, a partir das quais os artistas transformarão seus corpos ao vivo, enquanto obras vivas em processo de (des)construção constante, em alusão a práticas rituais aqui relidas e transformadas em ato performático
Considerando experiências corporais intensas e recentes dos artistas, não apenas no campo da performance mas também na vida, Ritual de lo habitual trata dos estados de urgência reverberados no corpo quando esse se encontra em seus limites de fragilidade, de inércia, de passividade apática, necessitando pois reinventar-se, reconfigurando sua silhueta através da modificação corporal, explorando sua potência poética através de personas múltiplas.
Ritual de lo habitual é a conclusão da travessia, um rito de passagem rizomático e monstruoso no qual Filipe e Sara imprimirão seus afetos diante da emergência do corpo que escapa à palavra e que se mostra além do que as representações possam dar conta.

A ação inclui uma estação literária para a utilização da palavra como elemento compositivo da performance.

Galpão Multiuso. Das 18h30 às 21h30. Grátis. Não recomendado para menores de 18 anos.

28.05
Às 19h30
Experiências-limite e performance
Roda de conversa com projeção de imagens com os performers Filipe Espíndola e Sara Panamby abordando experiências corporais intensas cotidianas ou das trajetórias de ambos no campo da performance, que apontam para a emergência do corpo que escapa à palavra e que se mostra além do que as representações possam dar conta.
Galpão Mulituso. Grátis. Não recomendado para menores de 18 anos.

Filipe Espindola e Sara Panamby estão juntos desde que realizaram a primeira suspensão corporal dela, em ritual de conclusão do curso de Artes do Corpo, com habilitação em Performance (PUC-SP 2009). Em 2011 mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde gerenciam o espaço CASA 24 com a proposta de oferecer performances que tangenciam universos míticos, em rituais especialmente elaborados para cada evento. Com pinturas corporais feitas a partir de extensa pesquisa sobre pigmentos orgânicos e procedimentos de modificação corporal – marcas registradas do grupo – são realizadas performances explorando as potências criativas de performers e público, pensando o corpo como mídia independente no campo de experimentação artística.
O núcleo base do grupo é a CASA 24 – ateliê de arte dos performers Sara Panamby e Filipe Espindola e do videomaker Matheus Santos – localizada no bairro de Santa Teresa (RJ), onde organizam imersões, residências, oficinas, exposições entre outros projetos artísticos de caráter independente. O processo de criação deste trabalho iniciou-se nas experiências do Museu de Colagens Urbanas, coletivo performático desenvolvido com Raphi Soifer (EUA/BR) e Bruno F. Duarte (BR) no qual os performers acionam movimentando o público para perceberem o cotidiano de outras formas, utilizando elementos de performance, teatro de rua, programa de entrevista e concurso de beleza. Uma ação em formato de talk show, baseada nos programas de coluna social televisiva, com muito humor, crítica, besteirol e escracho, inspirada nas ações do grupo transnacional de performance La Pocha Nostra (EUA, México, Portugal, Brasil) com quem os performers da CASA 24 têm estabelecido parceria desde 2010, participando de workshops e apresentações do grupo em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Filipe e Sara produzem sempre com a contribuição de parcerias desenvolvidas nos últimos anos, com artistas como Ron Athey (EUA), Rocio Boliver (MEX), Casa Relâmpago (RJ), Pedro Costa (BR/DE), Michelle Mattiuzzi (BA), Claire Jean (FR/BR), Cia. Phila 7 (SP), Bloco L!vre Rec!clato, Pedro Magalhães (ARG/BR), Coletivo Coiote (RJ), Lucas Moreira (BA), Teatro de Operações (RJ), Kleper Reis (RJ), Odaraya Melo (RJ), Daniel Seda (SP), Diego Perro (ARG), Mariana Scarambone (RJ), Barriga Piercer (RJ), entre outros que já se apresentaram na casa ou nas proximidades, principalmente nos bairros de Santa Teresa, da Lapa e do centro, áreas extremamente afetadas pelo atual processo de gentrificação do Rio de Janeiro, buscando a construção de redes autônomas de arte performativa, transdisciplinares, nômades e porosas, abertas a toda contribuição possível e visando um posicionamento crítico em relação à cultura contemporânea, utilizando o corpo como estopim para o debate e como sua maior arma de combate.

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