Suspensão corporal em alto mar

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Fotos: acervo Silas BodyArt

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Há mais ou menos dois anos, Silas BodyArt e seus companheiros tiveram a ideia de fazer a suspensão corporal a bordo de algum tipo de barco, inicialmente pensado na Ilha Bela. Com o passar do tempo, Silas e seu amigo Duende (capitão Jack Sparrow) seguiram alimentando a ideia, partindo do desejo de fazer uma suspensão corporal no alto mar e aconteceu. A ideia inicial foi trocada pela chance de ocupar uma obra de arte que navega pelos mares do Brasil, o famoso Tocorimé Pamatojari (que significa “Espírito aventureiro” na língua nativa), que é uma embarcação construída como uma reprodução da Nau capitania de Cabral, a intenção é que fosse o mais próximo possível da original, construída há mais de 500 anos. A peça foi feita pela ocasião dos 500 anos da colonização do Brasil, colocada para circulação em março de 2000.

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A embarcação mede 36m de comprimento, 30m de altura, 7,5m de boca (largura) e pesa 160 toneladas. Não chega a ser uma réplica da Nau Lusitânia que atracou em terras brasileiras durante as grandes navegações, mas os idealizadores do projeto (3 holandeses e um canadense) garantem que ela foi construída utilizando a mesma tecnologia naval de 500 anos atrás.

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No meio da semana que antecipava o evento, chega a informação que precisava ser naquele fim de semana ou os rapazes perderiam a chance. Assim, em Paraty se realizou a suspensão no mar, ao todo foram três, incluindo a do próprio Silas.

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As imagens são de nos tirar o fôlego. Abaixo compartilhamos o depoimento que Silas dividiu conosco e que conta um pouco mais da experiência.

“Após uma semana cansativa de trabalho e animado com o fim de semana, no sábado eu não me aguentava de tanta empolgação. Até que o expediente de trabalho acabou, isso sábado às 18:00, foi quando saí rumo para a aventura. Demorei para chegar em Paraty, pois além de ser longe, o trajeto tem alguns trechos bem complicado, mas às 23:00 cheguei. Fui muito bem recebido, conheci a cidade e fui descansar. No domingo bem cedo acordamos e fomos para o cais, estramos no veleiro rumo ao histórico Tocorimé.
O combinado foi que a suspensão seria feito naquele bico comprido que tem na ponta da caravela, a proa. Mas na hora que vi de longe aqueles dois mastros, bem altos, eu já senti um arrepio e falei que seria ali. Todos me olharam e um deles, o Luciano, falou que estava dentro.
(…) Quando deu 17:00 fomos até o Tocorimé, mas desta vez, entramos nele, vocês não têm ideia no quanto ele é gigante. Fiz a última vistoria do meu equipamento, fiz a ancoragem e decidi que seria o primeiro a subir. Normalmente sou o último. Foi bem difícil subir pois era tudo diferente, mas deu tudo certo. Aplicamos os meus ganchos, me amarrei na base de metal e lá fui eu… Não consigo até agora esquecer aquela sensação de liberdade no alto de uma caravela, com aquele vento forte e a maresia ao mesmo tempo. Eu que já me suspendi muitas vezes posso afirmar que esta foi uma sensação única, recomendo que os adeptos da suspensão corporal façam.”

 

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