Festival Corpo Arte acontecerá em Fortaleza

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10560501_831067363596461_8208914240693508108_oFESTIVAL CORPO ARTE – De 14 a 17 de abril, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura recebe o Festival Corpo Arte – Body Art Festival 2015. A ideia do festival é criar em Fortaleza mais uma opção para os artísticos corpos cênicos contemporâneos de nossa cidade. Com espetáculos gratuitos, a abertura fica por conta do grupo Dança Primeiro Ato (Belo Horizonte), com o espetáculo “InstHabilidade”, no dia 14, às 21h, no Teatro Dragão do Mar.

PROGRAMAÇÃO GERAL:

APRESENTAÇÃO

“A ideia é re-fazer as ordens. […] Criar argumentos de resistência em relação ao mercado – principalmente o artístico. As transações artísticas são as mais racistas que conheço.”
Wagner Schwartz, performer e coreógrafo brasileiro

O Festival Corpo Arte – Body Art Festival 2015, espelha-se nesta afirmativa proferida por Wagner Schwartz para alavancar o interesse de se criar em Fortaleza mais uma opção para os artísticos corpos cênicos contemporâneos de nossa cidade. Elegemos este espaço como o lugar da crítica e da reflexão das práticas das manifestações artísticas do CORPO, questionando modelos estanques de existência, testando dramaturgias, desajustando padrões de representação e escancarando a potência dos corpos. Mais do que isso, colocando o CORPO ARTE como RESISTÊNCIA frente ao corpo social da cidade, funcionando como protesto da vida. Hoje a arte parece ser o último refúgio da resistência da vida ante o poder que a aniquila, as correspondências que Agamben, por exemplo, traça entre sagrado e profano e as dinâmicas artísticas da nossa época são inteiramente procedentes. Sagrado é o objeto que é separado dos viventes, sacrificado (sacrum-facere), tornado indisponível. Profano, ao contrário, é aquele gesto que devolve aos viventes o que estava separado, permitindo então um novo uso. A arte, por isso, não é um espaço sacro que deve ser conservado na ideia do museu. Ela é, ao contrário disso, o protesto da vida contra o poder que a captura. Queremos dizer a CIDADE, como o corpo pode devolver através das ações artísticas, impressões de denúncia da própria existência. A IDÉIA é um termo imperativo de movimento, #OCUPAR, que impulsiona a utilização dos lugares, sendo eles espaços direcionados as atividades desta natureza, como teatros, centros culturais ou até mesmo lugares alternativos, como a rua, imóveis impróprios, uma fachada de um prédio qualquer… Desejamos fomentar a formação e a investigação artística através das oficinas destinadas à partilha dos procedimentos e das questões que orientam as práticas dos artistas convidados. Nos apresentamos como um evento democrático de ampla participação popular dos nossos ARTISTAS que desenvolvem a prática do “Corpo”, como expressão artística, seja no teatro, dança ou performance, que contribuem assim para a difusão cultural e construção da memória da arte contemporânea em nossa FORTALEZA, do nosso CEARÁ.

BOM FESTIVAL!

DIRETOR IDEALIZADOR

14/04 – Terça-feira.

É CARONA Em dois Companhia de Dança – CE Performers: Felipe Araújo e Emanuel Santos 15:00H | Livre – Local: Por volta do Teatro São José – Centro Uma história sobre pistas, aviões e navios. Um duo de dança que acontece no espaço da rua, entre os carros e pedestres.

InstHabilidade Grupo de Dança Primeiro Ato – BH
Concepção e Direção coreográfica: Alex Dias e Suely Machado
Música: An Einem Wintermorgen (Marsen Jules); Cansaço (Luís De Macedo/ Joaquim Campos) interpretado por Lula Pena; O fado de cada um (Silva Tavares/ Frederico de Freitas) interpretado por Lula Pena; Andras (Max Richter); Selvedge (Satoko Fujii); Brindo (Devendra Banhart); Maison en vitre (Marsen Jules); Proud Men (Walter Lang); Embers (Max Richter).
21:00H | Livre – Local: Teatro Dragão do Mar

O espetáculo é inspirado na condição de estar vivo, de “cair e levantar”, movimentos naturais da vida. A habilidade de lidar com a instabilidade e a instabilidade presente em nossas habilidades, que gera desequilíbrio, ação, e vida. O movimento serve de metáfora para a instabilidade enquanto terreno constante de experimentações e pesquisa. A partir desse pensamento, a montagem propõe habitar o lugar de busca no processo homem-mundo, através da jornada entre a inspiração, a fantasia e as quedas na realidade. Este cair e levantar, essa resistência à ação da gravidade e a necessidade constante de nos verticalizar e transformar provoca um movimento que se repete em cadeia e nos remete a origem, ao DNA, que marca e identifica nossas características e nossa maneira de estar no mundo. Da quebra dessa cadeia, em equilíbrio, surge o movimento de cada um no universo. Desde a gênese, vivemos em processo de expulsão, que provoca e instiga uma ação própria. Insistimos na troca como escolha de vida! Insistimos no afeto e no olhar como sobrevivência da espécie! Insistimos na InstHabilidade como mola propulsora do movimento de viver!

15/04 – Quarta-feira.

PEQUENOS ATOS DE RUA Grupo de Dança Primeiro Ato – BH
Concepção, encenação e Direção coreográfica: Suely Machado Estudos coreográficos e elenco: Alex Dias, Ana Virginia Guimarães, Danny Maia, Lucas Resende, Marcela Rosa, Pablo Ramon, Verbena Cartaxo e Verônica Santos. Figurinos: Pablo Ramon

16:00H | Livre – Local: Praça do Ferreira

Em espaços públicos da cidade, inspirados em contos e no realismo fantástico a cena cotidiana é matéria prima para quadros que se movem e transformam o cenário urbano em ambientes de sonho e possibilidades. O trabalho dos oito bailarinos envolvidos na criação e no desenvolvimento do trabalho busca aproximar o público na identificação e na transcendência dos movimentos.

GALINHAS-MULHERES-GALINHAS Companhia Ponto – CE
Performers: Tatiana Valente, Maurileni Moreira, Tayana Tavares

18:00H | Livre – Local: Teatro Dragão do Mar

Em quê circunstâncias o corpo do Outro pode ser erguido e isto simbolizar uma violência das partes? Em quê caminhos nos deixamos influenciar pelos gritos dos opressores e nos silenciarmos aceitando-nos como vítimas? O que fazer para que tomemos as rédeas do corpo e faça dele o que bem quiser, sem medo, sem culpa, sem regras, respeitando a mim e minhas vontades?

Deixar visível as feridas de todas as agressões físicas, verbais, morais que as mulheres sofrem no dia-a-dia, seja na Rua com cantadas sexistas, seja em casa com olhares reprovativos, seja num relacionamento com as privações do quê pode e do quê não pode fazer em busca de ser uma ‘mulher direita’.

GALINHAS é um soco no estômago

O que fazer, então? Qual a saída?

DANÇA BURRA II Marcelo Gabriel – BH
Direção geral / encenação / concepção / coreografia / dramaturgia / interpretação / iluminação / vídeo / figurino / maquiagem: Marcelo Gabriel

O primeiro espetáculo de Marcelo Gabriel,o solo Dança Burra (1987),que deu nome a Companhia de Dança Burra,iniciou sua pesquisa em quedas. Estabelecendo um diálogo entre artes plásticas,dança e teatro. Criava uma instalação cênica que foi apresentada em coletivas e salões de arte,tendo recebido uma referência especial no XX Salão Nacional do Museu de Arte de Belo Horizonte em 1988. Dança Burra,parte II aprofunda a análise tendo como fundamento a construção de signos de poder e dominação,sua estrutura no discurso e influência no corpo da linguagem.Sintoma cronificado pelo adestramento do gesto,seu reflexo no comportamento,normatizando o desejo em um corpo social amputado.

21:00H | Livre – Local: Teatro Dragão do Mar

16/04 – Quinta-feira.

ELE Rodrigo Caffer – SP
Concepc?a?o e arte geral: Rodrigo Caffer

Conta-se que havia em Shangrila? um elefante que passeava nas costas de um homem… ou seria um homem que passeava a? sombra de um elefante? O pre?mio para esse esforc?o era o acesso a um jardim suspenso… Criac?a?o em danc?a que considera os va?os da arquitetura, o que se infla, o que esta? pleno de possibilidades, o que se expo?e e as reformas, perspectivas e relac?o?es que esse espac?o contempla. Ocupac?o?es: a? sombra dele; passeios; filme antigo; danc?ar; sem ele; piqueniques e com amor.

15:00H | Livre – Local: percurso do passeio público a praça do Ferreira – Centro.

PontoAR Companhia Ponto – CE
Performers: Tatiana Valente, Maurileni Moreira, Tayana Tavares

PontoAr remete a ideia da repugnância. Não para aqueles atos que reportam a instintos, mas de tudo aquilo que lhe monta a capa da “boa sociedade”, das ações, pequenas corrupções e abusos que se constroem no escuro. A mulher que bebeu demais e está rodeada de amigos que desejam outro fim para sua trajetória. A menina que sorri para o transeunte, que lhe rouba o pirulito de suas mãos. A bailarina que se ver obrigada a sentar no sofá e deixar sua sapatilha estendida no cabide da porta, que se tranca para seus ideais. Ar nem sempre é sopro de vida. Surpresa? De onde vem? O que vem? Respirares de epifanias femininas. Coletivo desconjuntado que carrega em suas memórias narrações de invasões ao seu corpo. De tudo isto, ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.PontoAr é um salto para o escuro.

PALAFITAS Grupo Fuzuê – CE
Performers: Edmar Cândido, Eric Vinícius

É uma proposição de equilibro entre dois corpos, ora sobre mãos e pés, ora reconstruindo formas de estar no outro. A sustentação do corpo sobreposto se da pela busca de eixos estáveis, remetendo a imagem dos casebres lacustres que conhecemos por palafitas que se erguem em lagos e regiões pantanosas como estratégia de se habitar um espaço. O conceito de morada aqui cria a subjetividade da proteção, uma maneira de habitar os terrenos não estáveis da condição humana.

20:00H | Livre – Local: Teatro Dragão do Mar

A COR CINZA DAS COIZAS Experimentus Cia. de Dança – CE
Coreografia e Direção: Paulo Lima
Bailarinos intérpretes: Aline Rodrigues, Edson Odorico e Lucas Linon

Inspirado na filosofia de Schopenhauer, que postula que o mundo não é mais que a representação, o prazer é apenas a supressão momentânea da dor, esta por sua vez, é a única realidade verdadeira.

21:00H | Livre – Local: Teatro Dragão do Mar

 

17/04 – Sexta-feira.

AVESTRUZ CIBORGUE Paola Rettore – BH
Performer: Paola Rettore

 

A obra realiza interferências urbanas, porém em campo aberto de significações a partir da construção de sete roupas-esculturas pré-performance, pré-personagem e pós-persona, trabalhadas como objetos, como construção de adereços superpostos ao corpo ou mesmo como uma extensão do corpo, dando à escultura um lugar, uma posição, uma referência.

10:00H | Livre – Local: percurso a partir da praça da Estação – Centro.

ARRANHA CÉU Teatro Base – SP
Performer: Paola Rettore

O enredo é ambientado no século XXII, numa cidade grandiosa, mecânica e lotada com imensas estruturas arquitetônicas rodeadas por um fluxo constante de pessoas, automóveis, aviões, motos, helicópteros e outros veículos voadores que compõem uma sinfonia incomum, uma cacofonia de sensações, medos, fobias e individualidades. Os habitantes dos Arranha Céus se adaptaram as transformações ocorridas nas novas cidades-sistemas criados e gerenciados pelo governo central e conseguem viver em um mundo vertical. Explorando o isolamento, a efemeridade e a conexão das relações, a peça conta histórias de pessoas sem nome que vivem num mundo estranho, mecânico e vertical.

14:00H | Livre – Local: Fachada do Prédio Cine São Luiz / Pça. Do Ferreira – Centro.

DIÁLOGOS: PAOLA RETTORE E LEONEL BRUM
TEMA: Impressões de um CORPO pela CIDADE

16:00H | Livre – Local: Auditório do Dragão do Mar.

18/04 – Sábado.

ESTUDO PARA LUGAR NENHUM Vera Sala – SP
Concepção/Execução: Vera Sala
Arquiteturas/Luz: Hideki Matsuka

(?)…….. erra?ncias derivas corpo esvaziado descontinuado sem fim sem onde(?) vertigem onde(?)sem tempo sem comec?os sem ir impossi?vel tempo impossi?vel corpo onde(?) apenas corpo (vera sala) corpofendaabismofissura……….. ause?ncia ause?ncia

17:30H | Livre – Local: MAC / Museu de Arte e Contemporânea – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

PROCURANDO SHUBERT Jacqueline Gimenes – SP
Concepção e Direção: Fábio Mazzoni
Direção Coreográfica: Sandro Borelli
Intérprete: Jacqueline Gimenes
Criação de Luz: Fábio Mazzoni

“Procurando Shubert” se reveste de ficção científica para abordar o homem contemporâneo. A busca pelos grandes ideais, a alma do romantismo, encontra-se totalmente subjugada. Num surto universal, o mundo moderno produziu gerações de seres instantâneos, que deixa para trás apenas o rastro destrutivo da sua displicência. À margem, talvez, de nossos últimos passos sobre a terra, vivemos inconscientes na inebriante inércia niilista: NADA A FAZER!

19:30H | 16 anos – Local: Sala de Teatro Nadir Pai Saboia – TJA / Centro.

19/04 – Domingo.

BRENO BAPTISTA | UM SOLO Andréia Pires – CE
Colaboração: Daniel Pizamiglio
Performer: Andréia Pires

Uma mulher vestida de preto executa uma dança. Um conjunto de movimentos articulados numa sequência de tempo variado, constrói um diálogo entre o amor e o abandono, entre a mecânica do corpo e os significados do gesto. Esse trabalho pode ser uma carta, uma homenagem, uma resposta, um mapa, um código, uma tatuagem, uma pizza quente, um beijo de língua, uma maçã argentina, um chocolate meio amargo, um pão francês, um filme de amor, o fim de um amor, o próprio amor, uma câmera, um jogo americano, um bicho, uma viagem, ou até mesmo um número: 2046.

18:30H | Livre – Local: Sala de Teatro Nadir Pai Saboia – TJA / Centro.

PROGRAMAÇÃO NOTURNA SESC IRACEMA

20/04 – Segunda-feira

DECA[nos] Experimentus Cia. de Dança – CE
Coreografia e Direção: Paulo Lima
Bailarinos intérpretes: Aline Rodrigues, Ana Vládia, Edson Odorico e Lucas Linon

DECA[NOS], que quer dizer o mais antigo membro de um corpo, remetendo ao momento maduro que a companhia Experimentus desfruta, os dez anos.

Este trabalho é um processo em desenvolvimento que resvala na potência dos corpos que se articulam em um tempo relevante de convivência.

Explorando além da técnica suas fragilidades e inquietudes.

A coreografia traduz momentos individuais, com pequenos solos em um circuito que evolui para uma cadeia de movimentos conjuntos.

20:00H | Livre – Local: Sesc Senac Iracema

21/04 – Terça-feira.

Ato 01: MEDO E VULNERABILIDADE / [IN] Comuns Khambatta Dance Company – Seattle/USA.
Direção e Coreografia: Cyrus Khambatta
Bailarinos: Ellen Cooper, Meredith Sallee, CarliAnn Forthun, Kyle Williams, Ethan Rome, Connie Villines

O trabalho gira em torno de temas morais e éticos inseridos como um conto hipnótico – uma maçã brilhante sugere inveja secreta, desejo e com / paixão, criando uma profunda ressaca de impulso emocional.

Ato 02: [IN] Comuns
Projeto colaborativo de intercâmbio entre Paulo Lima e Cyrus Khambatta.
Bailarinos: Ellen Cooper, Meredith Sallee, CarliAnn Forthun, Kyle Williams, Ethan Rome, Connie Villines, Aline Rodrigues, Lucas Linon e Edson Odorico.

Usando o elo comum entre dois coreógrafos de diferentes nacionalidades, como um ponto de partida, os coreógrafos Cyrus Khambatta (USA) e Paulo Lima (BR) propõe um projeto itinerante a ser pesquisado, desenvolvido e apresentado em diferentes lugares. A variedade de costumes, também interfere na maneira corporal, impulsionando os laços de gestos comuns, listando um vasto universo de possibilidades e troca de idéias sobre o “corpo”. O projeto “[IN] Comuns” tem como ideal a criação de uma dança colaborativa, funcionando como uma espécie de inventário do Corpo em uma instigante relação de intercâmbio.

20:00H | Livre – Local: Sesc Senac Iracema

 

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