Suspensão corporal como protesto durante a Parada LGBT de São Paulo

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Foto: acervo Douglas Alcântara

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XX Parada do Orgulho LGBT que aconteceu ontem (29) na Avenida Paulista, teve como tema a “Lei de identidade de gênero, já! – Todas as pessoas juntas contra a transfobia”. E que ainda ecoou o tempo inteiro o grito contra o golpe político do Brasil. Amor sem temer.

Ficamos felizes em perceber a presença de pessoas com modificações corporais ocupando variados espaços durante o trajeto da parada. O nosso profundo desejo é que esse número aumente cada vez mais, acompanhado da conscientização de que a questão LGBT também é sobre a autonomia de si, acesso ao corpo e uma luta pela pluralidade e diversidade humana.

Ficamos mais felizes ainda em ter conhecimento da performance feita pelo Douglas Alcântara, que fez uso da suspensão corporal para falar sobre a LGBTfobia no Brasil. Com palavras de ódio escritas no corpo, Douglas fez uma suspensão em posição Suicide (suicídio) em uma árvore que estava dentro do trajeto da Parada. A equipe responsável pela suspensão foi a Xtreme Suspension SP. A escolha da posição não é de todo gratuita considerando o fato de que muitas pessoas LGBT se suicidam por conta do discurso de ódio que gira em torno das sexualidades não heterossexuais e dos gêneros não cisgêneros. É preciso sempre ter claro que a violência LGBTfóbica não é só física, mas psicológica e simbólica. É preciso ter claro também que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo.

A ação chamou a atenção da imprensa e também das pessoas transeuntes. A luta segue.

IMG-20160530-WA0010(Jornalistas Livres noticiando a ação)

IMG-20160530-WA0000(Portal da UOL também citou a ação em sua cobertura)

 

 

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