Ensaio aberto com Ciro Sales em 27/10 marca apresentação final da residência artística da cineasta baiana Ceci Alves

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Release e texto original de assessoria de imprensa.
Foto: Luciana Zacarias / Divulgação
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Em evento gratuito, o ator performa solos nos quais contracena, num ambiente imersivo, com trechos do documentário “Barra 69 – Um Axexê para a Tropicália”, que reencena último show de Gilberto Gil e Caetano Veloso no Brasil antes do exílio durante a ditadura militar

A investigação para o documentário “Barra 69 – Um Axexê para a Tropicália“, que a cineasta baiana Ceci Alves desenvolveu durante a residência no Centro Cultural da Diversidade (CCD), em São Paulo, chega a sua última etapa. O projeto lançado em performance no dia 29/09, no teatro do CCD, tem sua apresentação final em 27/10, na qual o ator Ciro Sales performa para gravação os solos que contracenam com os trechos do filme dirigido pela residente, ampliando a experiência imersiva do público. O experimento ainda conta com performances gravadas do ator Fabrício Boliveira e da atriz Gabriela Holanda, além de depoimentos de Gilberto Gil e do produtor Roberto Sant’Ana.

Este work in progress tem a seguinte premissa: em 2023, um grupo de performers e artistas se reúnem para reencenar o show Barra 69, como uma homenagem aos 55 anos do último espetáculo que Gilberto Gil e Caetano Veloso fizeram no Brasil como despedida para partir ao exílio, após serem presos e convidados a sair pelo aparelho repressor da ditadura militar vigente no país naquele então.

Inspirados pela orixá Oyá, o grupo faz daquela reencenação um Axexê para a Tropicália: a cerimônia fúnebre do candomblé que, antes de lamentar a morte ou a finitude do Tropicalismo, celebra, em forma de canto, dança e performance, a vida do movimento que cumpriu, em plenitude, sua trajetória na Terra.

“Barra 69 – Um axexê para a Tropicália” de Ceci Alves. Foto: Luciana Zacarias

Assim, assumindo personas no espetáculo – como Gil, Caê, e a própria Oyá –, os artistas e performers ritualizam o desprendimento do espírito de vanguarda tropical de sua materialidade para pairar, em forma de legado, por sobre a realidade brasileira. Como se trata de uma recriação do espetáculo, atores estarão na pele de Gilberto Gil e Caetano Veloso, em suas personagens Gil e Caê, representadas, respectivamente, pelos atores baianos Fabrício Boliveira e Ciro Sales. Há também o existencial Tudonada, papel do performer paulista Fernando Lopes, que é um personagem niilista e faz a costura da peça, ora fazendo as vezes do povo, ora representando o regime opressor. E Oyá aqui está representada pela dançarina e atriz Gabriela Holanda.

Barra 69 – Um Axexê para a Tropicália” é um trabalho experimental entre performance, audiovisual e tecnologia que quer experimentar as noções de cena expandida para recriar, em forma de metáfora alegórico-performática, o ritual nagô do Axexê – a cerimônia fúnebre do Candomblé, que dessacraliza o corpo sem vida, liberando o orixá protetor que aí reside. As esquetes encenadas serão gravadas, para compor o documentário performático em longa-metragem “Barra 69 – Um Axexê para a Tropicália”, que está sendo produzido pela cineasta sobre este processo.    

SERVIÇO:

Performance Barra 69 – Um Axexê para a Tropicália       
Data: 27 de outubro de 2023 (sexta-feira)
Horário: das 15h às 18h
Local: Centro Cultural da Diversidade
Endereço: Rua Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi, São Paulo/SP
Ingresso: gratuito
Classificação: 14 anos
Outras informações: (11) 3079-3438 ou www.instagram.com/ccdiversidade
*Retirada de ingressos somente no local.
**Próximo à Estação Cidade Jardim – CPTM, da Linha 9–Esmeralda.      

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